sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nova manifestação em Rolim de Moura - RO


Centenas de estudantes, professores e população em geral concentraram-se ao final do desfile de 7 de setembro de 2012, nas ruas de Rolim de Moura. A manifestação organizada pelo Comando de Greve da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), Centro Acadêmico de História (CAHIS/UNIR), Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, Comando de Luta dos Estudantes Secundaristas e Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE denunciou a farsa das comemorações de 7 setembro e convocou o povo para não votar. “O Brasil continua sendo um país semicolonial. Quem manda na economia brasileira é o imperialismo norte-americano. Até quando vamos presenciar comemorações a essa falsa independência? Chega de enganação!” enfatizava um panfleto do MEPR distribuído antes e durante a manifestação.
Professores da UNIR, em Greve há mais de 100 dias, denunciaram a precarização do trabalho docente na Universidade através do REUNI, o processo de privatização do Ensino Público Superior e a intransigência da Gerência Dilma . “A Universidade Pública brasileira a cada dia está sucateada e enquanto isso o governo isenta de impostos as faculdades particulares. Dentro deste cenário, o Congresso Nacional aprovou no dia 27 de Junho/12 o projeto de lei de conversão chamado de Proies (PLV 13/2012). Este programa visa transformar as dívidas tributárias das universidades privadas em bolsas do PROUNI, medida que beneficiará cerca de 500 faculdades privadas brasileiras”, denunciou um panfleto dos professores da UNIR.
Com gritos de “Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer Revolução” a massa de estudantes denunciou que só uma Revolução de Nova Democracia pode trazer ao povo o verdadeiro significado da independência. “Quando o povo se organiza e luta, aumentando o protesto popular e decidindo a sua própria história viveremos numa verdadeira Democracia. O que temos hoje é uma ‘democratura’, democracia para os ricos e ditadura para os pobres. Por isso denunciamos a falsa democracia”, enfatizou uma estudante do curso de História da UNIR. A Universidade pôde mostrar a população os motivos da greve que já dura mais de 100 dias e pediu apoio à população de Rolim de Moura.
Com dizeres de “Punição para os torturadores de ontem e de hoje”, estudantes denunciaram os crimes cometidos pelos torturadores da Ditadura Civil Militar de 1964 e a prática de tortura contra camponeses e operários em Rondônia. “A prática de tortura continua tão usual nos dias de hoje. Os torturadores de 1964 fizeram escola na PM e Polícia Civil. Recentemente um camponês foi torturado por policiais em Ouro Preto do Oeste e afirmamos com toda a certeza que os torturadores ficarão impunes. Além da tortura, a intimidação e violência contra manifestações populares é uma constante aqui em Rolim de Moura”, denunciou um Estudante da escola Cândido Portinari.
Dezenas de estudantes e professores denunciaram, ainda, a precarização das escolas públicas no município e o autoritarismo da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC). “Aqui tem escolas sem pátio, infraestrutura básica como refeitórios não há, salas sem ventiladores ou ar-condicionado; sem falar na falta de professores e a desvalorização salarial dos trabalhadores em Educação. E ainda querem impedir a livre manifestação de professores e a organização do Movimento Estudantil”, denunciou um professor da Escola Priscila Chagas que tem 25 anos de existência.
Ao protesto somaram-se a denúncia do aumento salarial dos vereadores do Município, que numa manobra acabaram aprovando em valores reais o salário para R$7.000,00. “É um assalto ao povo que ocorre em nosso Município, mas também na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. O povo morre nas filas dos hospitais, padece nas periferias, falta leite nas creches, falta coleta de lixo, o preço da energia é um roubo!” enfatizou um estudante da Escola Tancredo Neves.
Estudantes e professores que denunciavam o descaso com a educação pública foram aplaudidos pelo povo que assistia ao desfile oficial. Após o encerramento do desfile o protesto continuou e populares que apoiavam o movimento buzinavam.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

RJ: Ato contra a farsa eleitoral na Central do Brasil





Por Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral (RJ)

Na última quinta-feira, 6 de setembro, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral do Rio de Janeiro realizou sua primeira atividade: ato e panfletagem na Central do Brasil. Mais de 1.500 panfletos foram distribuídos para os trabalhadores e trabalhadoras que utilizam os trens da Supervia.

Reproduzimos alguns trechos do panfleto: “De tudo que os políticos prometem, eles só atendem ao que interessa para os monopólios das empresas de ônibus, trens e metrô, grandes construtoras, bancos, grandes indústrias, agronegócios, grandes comércios e latifundiários, universidades privadas, etc. Esses aí enchem todos os partidos com milhões em doações de campanha pra assegurar o compromisso do Estado com seus interesses, seus lucros. Quando qualquer um deles passa algum tipo de aperto, os governantes, vereadores, deputados e senadores rapidamente correm pra ajudar, com o dinheiro que o povo paga em impostos. Pra dificuldades de sempre do povo, a resposta do Estado é mais miséria e repressão.

Essa é a democracia burguesa: ditadura para os pobres, exploração, violências e sofrimentos. Democracia mesmo só para os ricos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários, para explorar à vontade e reprimir a ferro e fogo quando o povo se levanta. 


Precisamos seguir lutando cada vez mais e dando as costas pra esses processos eleitorais farsantes, no quais são eleitas as raposas que irão tomar conta do galinheiro.

Mas precisamos ir além e perceber que só com uma Revolução podemos resolver de verdade os problemas do povo. Só com o povo exercendo o poder diretamente, é que ele irá garantir saúde, educação, emprego e salário digno, segurança de verdade e terra pros camponeses que nela trabalham! É por isso que precisamos nos organizar mais. Precisamos nos organizar cada vez mais nos nossos locais de trabalho, universidades e escolas, além dos nossos locais de moradia! Nesses locais precisamos desenvolver comissões, associações e movimentos que sirvam pra organizar a luta do povo sem depender das classes dominantes e de toda penca de políticos e oportunistas. Dia a dia precisamos ir construindo o Poder Popular, desenvolvendo, defendendo e aplicando um Programa Revolucionário que reflita as necessidades históricas do povo brasileiro.

É hora de dar o NÃO à enganação e o SIM à luta direta por uma transformação profunda e de fato do país e do mundo. 

Se você concorda com esse manifesto, participe do Comitê de Boicote a Farsa Eleitoral. O Comitê realiza reuniões, debates e diversas ações denunciando a farsa eleitoral e convocando o povo para se organizar e lutar.”

A próxima atividade do Comitê é dia 13 de setembro, quinta-feira, às 16h, na Praça XV. Contato: comiteboicoteeleicoesrj@yahoo.com.br

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Criado o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral no RJ

Por Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral (RJ)

Organizações e ativistas de movimentos populares realizaram no último sábado, 1° de setembro, a primeira reunião do Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral no Rio de Janeiro.

Estiveram presentes na atividade representantes da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), da União Popular Anarquista (UNIPA), do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e do jornal A Nova Democracia, que disponibilizou a sua sede, em São Cristóvão, para a realização da reunião. Representantes da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST) e do Movimento Feminino Popular (MFP) também marcaram presença. A Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) não pôde estar presente, mas enviou sua saudação se dispondo a participar das próximas atividades.

Durante a reunião foi feito um debate e um representante de cada organização fez sua intervenção explicando sua posição em torno das eleições, a importância de se levantar um grande movimento de boicote à farsa eleitoral e a necessidade de se propagandear para as massas a luta popular e revolucionária. Após as falas, a palavra foi aberta para quem quisesse intervir colocando sua opinião. A palavra de ordem definida foi o “NÃO VOTE! VIVA A REVOLUÇÃO!”.
No planejamento, um calendário de atividades foi tirado. A proposta do Comitê é realizar panfletagens, comícios, ampla convocação para as próximas reuniões e demais formas de propaganda, como cartazes, etc. 
O contato é comite.contra.farsa.eleitoral@gmail.com

Próximas atividades:
Ato e panfletagem na Central do Brasil. Dia 6/9, quinta-feira, às 16h.
Ato e panfletagem na Praça XV. Dia 13/9, quinta-feira, às 16h.
Próxima reunião. Dia 15/9, sábado, na UERJ.

domingo, 2 de setembro de 2012

Boicote as eleições ganha as ruas

Matéria publicada no jornal A Nova Democracia nº 95, 1ª quinzena de setembro de 2012.

Mário Lúcio de Paula 

Manifestação de estudantes em Rolim de Moura, Rondônia

Nas últimas semanas, novos comitês e organizações de denúncia da farsa eleitoral têm surgido em todo o país: em Rondônia, Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo.
Belo Horizonte - MG: agitação em praça convoca a não votar

O Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Belo Horizonte e Região realizou, no dia 23 de agosto, a sua primeira panfletagem. O local escolhido para a agitação do Comitê foi a Praça da Estação, localizada na região central da capital mineira.

Ativistas do Comitê convocaram a população através de um carro de som a boicotar as eleições. Os oradores dirigiram-se à população denunciando a farsa eleitoral e conclamando o povo a se organizar e lutar.

Populares se aproximaram do carro de som e manifestaram seu apoio à posição defendida pelo Comitê. Fizeram também suas denúncias e se animaram com a propaganda do caminho da organização popular e da revolução para o povo conquistar uma nova democracia.

O Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Belo Horizonte e Região criou um blog para divulgar seus materiais e atividades na internet: boicoteaseleicoes.blogspot.com.

POR UM PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS
Trecho do boletim do Comitê Contra a Farsa Eleitoral de BH e Região
De 2 em 2 anos a burguesia encena um teatro: candidatos aparecem sorridentes e cheios de atenção para com o povo, prometem o céu, fazem de tudo para obter votos. Depois de eleitos só agem em favor dos grandes grupos econômico-financeiros, dando as costas para os pobres. Se o povo só consegue alguma coisa com luta para conquistar melhores dias é preciso acabar com esse sistema de dominação que suga o nosso trabalho e as riquezas do país em prol de uma minoria de parasitas locais e estrangeiros.

Os partidos eleitorais que digladiam entre si por abocanhar o Estado não são mais que facções do Partido Único das classes dominantes exploradoras. A maior prova disto foi a chegada do PT no governo: tudo que antes apregoavam jogaram no lixo vestindo a casaca dos exploradores. É tudo farinha do mesmo saco! Aqueles que se dizem de "esquerda", mas que participam desse farsante e corrupto processo eleitoral ajudam a manter esse sistema de exploração e violências sobre o povo.

Essa é a velha democracia: ditadura para os pobres, exploração, violências e sofrimentos. Democracia mesmo só para os ricos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários, para explorar à vontade e reprimir a ferro e fogo quando o povo se levanta.

Propagandeiam que eleição é democracia e que o voto é a maior arma do povo e o principal direito seu, no entanto o voto é obrigatório. Em verdade, votar é avalizar e legitimar toda essa podridão. Para acabar com esse sistema de exploração há que começar por boicotar essa farsa. Ao contrário de votar, vamos nos Organizar e Lutar! Nos Organizar nos locais de trabalho, de moradia, escolas e universidades, na cidade e no campo, lutando por mais direitos, melhores salários, melhores condições de trabalho, por melhorias nos serviços públicos de saúde e educação, por moradias, obras de saneamento, previdência social pública, transporte decente barato!

Vamos repudiar e derrotar as direções pelegas que ocupam postos nos sindicatos e organizações de defesa da população e só fazem o jogo dos patrões e do governo. Vamos criar e desenvolver organizações classistas e combativas. Mais que isto, lutar por um verdadeiro Programa de Transformações Revolucionárias e pela construção desde o seio das massas operárias e camponesas do Partido Revolucionário de Novo Tipo para as revoluções de Nova Democracia e Socialista.

Goiânia - GO: a farsa das eleições em debate
Em 27 de agosto, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, o Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Goiânia promoveu o debate: A farsa das eleições.

O debate contou com a participação do professor Fausto Arruda, membro do conselho editorial de A Nova Democracia, estudantes, professores e ativistas do movimento popular.

O professor Fausto fez uma exposição sobre o sistema parlamentar eleitoral, diferenciando a democracia burguesa e a democracia popular, denunciou a farsa eleitoral como instrumento das classes dominantes.

No informe sobre essa atividade, enviado à redação de AND, o Comitê Contra a Farsa Eleitoral destaca: "A partir do momento em que se opta por participar do processo eleitoral, está se referendando a manutenção do sistema capitalista, dostatus quo. Nesse aspecto, temos dois caminhos: manter a ordem, eleição; ou transformar a ordem: revolução. Se nos enveredamos no caminho das eleições estamos optando por manter a ordem, já que, historicamente, com Jango no Brasil e Allende no Chile, foi comprovado que não é possível sequer fazer reformas radicais dentro desse sistema, que dirá transformá-lo radicalmente.

Se optarmos por transformar a ordem, isso demandará a construção de partido revolucionário que não participe de eleições burguesas".
Rolim de Moura – RO: estudantes denunciam aumento de vereadores
Centenas de Estudantes da rede pública de Rolim de Moura lotaram a Câmara Municipal no dia 21 de agosto para protestar contra o aumento abusivo do salário de vereadores que, se aprovado, passará a ser de R$ 8.000,00.

Palavras de ordem foram entoadas denunciando os vereadores e convocando a população a não votar nas próximas eleições municipais. Após os vereadores se retirarem pelos fundos, a manifestação se estendeu pelas ruas. O protesto contou com a presença de entidades estudantis e professores da UNIR, funcionários da rede pública estadual e municipal. O que se viu no centro da cidade foram gritos de"Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer revolução", "Vereador, tome cuidado, tem estudante revoltado" e "Cresce, cresce por todo o Brasil, o novo Movimento Popular Estudantil".

Comerciantes aplaudiram a iniciativa dos estudantes. Uma campanha de finanças pede que populares se comprometam a ajudar o movimento, já que os estudantes só tinham um megafone na manifestação e necessitam de faixas e carro de som. Na rua, de forma organizada, os estudantes criaram um cordão de isolamento de ciclistas para auxiliar o trânsito e evitar acidentes. "Não precisamos de policiais aqui, afinal a polícia só aparece pra reprimir. Sabemos nos organizar sozinhos", enfatizou um jovem que estava de bicicleta.

O movimento que iniciou no dia 20 de agosto na escola Cândido Portinari se estendeu para outras escolas e categorias.

O massivo protesto, vanguardeado pelos combativos estudantes secundaristas, animou amplos setores da população, que têm respondido com entusiasmo à convocação para novos protestos.

A farsa das eleições

Publicado em comiteantifarsa.blogspot.com no dia 4 de agosto

Muitos cidadãos brasileiros, trabalhadores que, com muito esforço, suor e dedicação constroem a riqueza desta nação, há muito tempo estão decepcionados com a condução que vem sendo dada aos rumos da nossa política.

O cidadão participa do processo eleitoral, cumpre com seu "dever", acredita que o sistema eleitoral tem a capacidade conduzir seus legítimos representantes aos seus devidos cargos e o faz com toda boa fé.

Mas as decepções vêm se sucedendo ano após ano. Este mesmo cidadão trabalhador não se vê representado por aqueles a quem ele deu seu voto.

Por isto mesmo e por muitos outros motivos vem crescendo no Brasil vários movimentos propondo o boicote às eleições e/ou o voto nulo.