Centenas de estudantes, professores e população em geral concentraram-se ao final do desfile de 7 de setembro de 2012, nas ruas de Rolim de Moura. A manifestação organizada pelo Comando de Greve da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), Centro Acadêmico de História (CAHIS/UNIR), Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, Comando de Luta dos Estudantes Secundaristas e Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE denunciou a farsa das comemorações de 7 setembro e convocou o povo para não votar. “O Brasil continua sendo um país semicolonial. Quem manda na economia brasileira é o imperialismo norte-americano. Até quando vamos presenciar comemorações a essa falsa independência? Chega de enganação!” enfatizava um panfleto do MEPR distribuído antes e durante a manifestação.
Professores da UNIR, em Greve há mais de 100 dias, denunciaram a
precarização do trabalho docente na Universidade através do REUNI, o processo
de privatização do Ensino Público Superior e a intransigência da Gerência Dilma
. “A Universidade Pública brasileira a
cada dia está sucateada e enquanto isso o governo isenta de impostos as
faculdades particulares. Dentro deste cenário, o Congresso Nacional aprovou no
dia 27 de Junho/12 o projeto de lei de conversão chamado de Proies (PLV
13/2012). Este programa visa transformar as dívidas tributárias das
universidades privadas em bolsas do PROUNI, medida que beneficiará cerca de 500
faculdades privadas brasileiras”, denunciou um panfleto dos professores da
UNIR.
Com gritos de “Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado
vai fazer Revolução” a massa de estudantes denunciou que só uma Revolução de
Nova Democracia pode trazer ao povo o verdadeiro significado da independência. “Quando o povo se organiza e luta,
aumentando o protesto popular e decidindo a sua própria história viveremos numa
verdadeira Democracia. O que temos hoje é uma ‘democratura’, democracia para os
ricos e ditadura para os pobres. Por isso denunciamos a falsa democracia”,
enfatizou uma estudante do curso de História da UNIR. A Universidade pôde
mostrar a população os motivos da greve que já dura mais de 100 dias e pediu
apoio à população de Rolim de Moura.
Com dizeres de “Punição para os torturadores de ontem e de hoje”,
estudantes denunciaram os crimes cometidos pelos torturadores da Ditadura Civil
Militar de 1964 e a prática de tortura contra camponeses e operários em
Rondônia. “A prática de tortura continua tão usual nos dias de hoje. Os
torturadores de 1964 fizeram escola na PM e Polícia Civil. Recentemente um
camponês foi torturado por policiais em Ouro Preto do Oeste e afirmamos com
toda a certeza que os torturadores ficarão impunes. Além da tortura, a
intimidação e violência contra manifestações populares é uma constante aqui em
Rolim de Moura”, denunciou um Estudante da escola Cândido Portinari.
Dezenas de estudantes e professores denunciaram, ainda, a precarização
das escolas públicas no município e o autoritarismo da Secretaria Estadual de
Educação (SEDUC). “Aqui tem escolas sem pátio, infraestrutura básica como
refeitórios não há, salas sem ventiladores ou ar-condicionado; sem falar na
falta de professores e a desvalorização salarial dos trabalhadores em Educação.
E ainda querem impedir a livre manifestação de professores e a organização do
Movimento Estudantil”, denunciou um professor da Escola Priscila Chagas que tem
25 anos de existência.
Ao protesto somaram-se a denúncia do aumento salarial dos vereadores do
Município, que numa manobra acabaram aprovando em valores reais o salário para
R$7.000,00. “É um assalto ao povo que ocorre em nosso Município, mas também na
Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. O povo morre nas filas dos
hospitais, padece nas periferias, falta leite nas creches, falta coleta de
lixo, o preço da energia é um roubo!” enfatizou um estudante da Escola Tancredo
Neves.
Estudantes e professores que denunciavam o descaso com a educação
pública foram aplaudidos pelo povo que assistia ao desfile oficial. Após o
encerramento do desfile o protesto continuou e populares que apoiavam o movimento
buzinavam.
Me responde uma pergunta: se vc fosse um jovem marxista de 15 anos e visse um sujo candidato a prefeitura fazendo as sinicas campanhas de "corpo a corpo", iludindo o povo, qual atitude tomaria?. Seria passivo, ignorando, pois para tomar alguma atitude revolucionária naquele momento deveria ter organização, teria uma ação combativa, de destaque, agredindo o vagabundo (candidato) fisicamente ou verbalmente, ou tentaria (mesmo que sem sucesso) fazer uma intervenção, com um discurso denunciando a farsa eleitoral, consientizando o povo, para repudiar a candidato e as eleições?
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