segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ações dos Comitês de Boicote à Farsa Eleitoral




O surgimento e a multiplicação dos Comitês de Boicote à Farsa Eleitoral representam uma importante vitória da luta popular em nosso país. Debates, agitações, grafites nos muros e as mais diversas ações foram decisivos para esclarecer e elevar a consciência de muitos dentre os 35 milhões que boicotaram ativamente, se abstiveram de votar, anularam o voto ou votaram em branco em todo o país. Publicamos aqui alguns relatos enviados pelos comitês à redação de AND.

PANFLETAGEM EM CURITIBA

Em 21 de setembro membros do comitê de apoio ao A Nova Democracia e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, estudantes universitários e secundaristas, realizaram um debate sobre as eleições e fundaram o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral de Curitiba - PR.
Já no dia seguinte o Comitê realizou sua primeira ação: uma panfletagem no local conhecido como Boca Maldita, no centro de Curitiba, local onde se aglomeram toda a sorte de oportunistas e cabos eleitorais. A cada panfleto entregue eram pedidas contribuições para que o Comitê pudesse sustentar-se. Diversas pessoas pararam para conhecer o movimento e manifestar seu apoio.
Edições antigas de A Nova Democracia foram distribuídas e vendidas como parte da campanha de finanças do Comitê.
Com o término das eleições o Comitê pretende continuar seu trabalho percorrendo as periferias e bairros pobres de Curitiba realizando atividades de propaganda.

AGITAÇÃO EM SÃO PAULO

Em São Paulo, na véspera das eleições, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral realizou uma agitação na Estação Belém do Metrô, ao lado da fábrica da Fame, onde se concentram um grande número de operários e moradores da Zona Leste.
Durante a atividade, populares chegaram a gritar e aplaudir, outros acenavam ou confirmavam com a cabeça dizendo: É isso aí! Bota pra quebrar!

COMITÊ CONVOCA BOICOTE EM BH

A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo realizou uma agitação em 5 de outubro no centro de Belo Horizonte e distribuiu milhares de exemplares de um manifesto convocando o povo a não votar. A Frente é umas das forças que compõem o comitê de Boicote à Farsa Eleitoral na capital mineira. Com o apoio de um carro de som, dirigindo-se aos trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, a todo o povo de Belo Horizonte, A Frente Revolucionária convocou o povo para organizar-se e lutar.
O manifesto esclarecia a população sobre o caráter de classe das frações do partido único que disputavam as eleições, desmascarava os oportunistas e expunha um Programa de Transformações Revolucionárias para o Brasil com as tarefas da Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.

COLAGEM DE CARTAZES NO RIO DE JANEIRO

Às vésperas do dia 7 de outubro, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral do Rio de Janeiro realizou atividades de propaganda pela cidade. No Centro, centenas de cartazes com os dizeres ‘Não vote! Viva a revolução!’ foram colados em diversos muros. Na manhã do dia 6, milhares de panfletos foram distribuídos em Ramos, na zona Norte, para os moradores do bairro e do Complexo do Alemão.

GRAFITES DO COLETIVO BAGACEIRO EM RECIFE

Nos muros de Recife podem ser vistos grafites feitos pelo Coletivo Cultural Bagaceiro convocando a população a boicotar a farsa eleitoral.

DEBATE EM GOIÂNIA

O Núcleo de Direitos Humanos (NDH) da UFG, em parceria com o Comitê contra a Farsa Eleitoral e com o Programa de Mestrado em Ciências Políticas da UFG promoveu um Ciclo de Debates com professores e estudantes no dia 27 de setembro no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG, com o tema: Voto Nulo – Crise de Participação ou Representação?
Segundo o Comitê de Apoio, cerca de 130 pessoas participaram do Ciclo de Debates.

Um grande Não à farsa eleitoral


Artigo publicado no jornal A Nova Democracia, nº 98, 2ª quinzena de outubro de 2012


35 milhões de brasileiros não votaram, 
anularam o voto ou votaram em branco

Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral após o primeiro turno das eleições municipais 22.735.725 brasileiros considerados aptos a votar NÃO VOTARAM.

Se forem somados às abstenções, votos nulos e brancos, esse número sobe para aproximadamente 35 milhões, ou seja, 25% dos brasileiros considerados "aptos a votar" repudiaram de alguma forma a farsa eleitoral.

Nessas eleições, o TSE considerou os votos em candidatos com pendência judicial devido à Lei da Ficha Limpa na conta dos votos nulos. Apesar desse número não representar grande quebra no resultado absoluto, esse critério mistura dados absolutamente distintos, o que não permite a avaliação precisa sobre os votos nulos.

O TSE também não divulga o número de títulos cancelados, os daqueles eleitores que não compareceram e não justificaram o não comparecimento nos três últimos escrutínios, e que por isso não entram no cômputo das abstenções, o que pode significar uma considerável cifra.

Na cidade de São Paulo, dos aproximadamente 8,6 milhões de eleitores, 1,5 milhão não compareceram às urnas, o que corresponde a 18,48% dos eleitores. Esse foi o maior número de não comparecimento às eleições na capital paulista desde 1998, quando foram registrados 18,11% de abstenções. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, o percentual de abstenções no primeiro turno foi de 14,2% em 2000, de 15% em 2004, e de 15,6% em 2008.

O número de votos nulos no primeiro turno em São Paulo foi de 516.184 pessoas e os votos brancos atingiram a cifra de 381.407.

Totalizando os números da capital paulista, 2.490.513, ou seja, quase dois milhões e meio de pessoas não votaram, anularam o voto ou votaram em branco. Número muito superior ao candidato mais votado no primeiro turno, que atingiu cerca de 1,8 milhões de votos.

Na cidade do Rio de Janeiro, as abstenções atingiram a casa dos 20,45% dos votos, o que corresponde a 965 mil pessoas, cifra superior à votação do segundo colocado nas eleições, que obteve 914.082 votos. Os brancos e nulos atingiram, juntos, a cifra de 507.323 votos.

Em outras 12 capitais brasileiras, os votos "não computáveis", pois não são considerados "votos válidos" segundo os critérios do TSE, superam o total dos votos recebidos pelo segundo colocado.

Computando os números das capitais, aproximadamente 8,3 milhões de eleitores não votaram, anularam o voto ou votaram em branco no primeiro turno, o que corresponde a uma média de 17,46% de abstenções. O número total de abstenções apenas nas capitais é de 5.388.504.

Entre as regiões do país, o Norte e o Sudeste tiveram os maiores índices de abstenções: 17,29% e 17,23% não compareceram às urnas. Tomando os estados de forma isolada, o Maranhão foi o estado que registrou o maior índice de abstenções do país: 19,62%. 

Números nas capitais
(soma das abstenções, votos em branco e nulos)

São Paulo2.490.513Palmas30.322
Rio de Janeiro1.472.537João Pessoa109.309
Belo Horizonte576.673Aracaju64.297
Recife283.279Vitoria66.920
Porto Alegre282.048Campo Grande122.859
Curitiba197.757Natal146.745
Salvador589.437Porto Velho45.404
Belém236.113Teresina111.613
Manaus226.537Boa Vista37.832
Cuiabá85.663São Luís167.157
Goiânia245.091Macapá49.201
Fortaleza361.211Maceió100.797
Rio Branco49.798Florianópolis82.918



sábado, 6 de outubro de 2012

VIDEOS Agitação da FRDDP Eleição Não! Revolução Sim!

Vídeos da agitação promovida pela Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo em 5 de outubro no centro de Belo Horizonte.

Agitação contra a farsa eleitoral realizada em 5 de outubro no centro de BH

Milhares de panfletos foram distribuidos no centro de Belo Horizonte durante a agitação organizada pela Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo em 5 de outubro. Ativistas da Frente percorreram as ruas do centro de Belo Horizonte com o apoio de um carro de som dirigindo se aos trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, a todo o povo de Belo Horizonte convocando-o a boicotar as eleições.

Clique nas imagens para ampliar











quarta-feira, 3 de outubro de 2012

5 de outubro: Agitação contra a farsa eleitoral na Praça da Estação


Na sexta-feira, 5 de outubro, a Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo realizará uma agitação contra a farsa eleitoral e panfletagem no centro de Belo Horizonte.


Concentração: dia 5/10, às 17 horas
Próximo à entrada da estação.


Eleição Não! Revolução Sim! [Boletim da FRDDP]

Boicotar a farsa eleitoral
Eleição Não! Revolução Sim!

Mais uma vez repete-se a farsa eleitoral, esse jogo de cartas marcadas das classes de grandes burgueses e latifundiários, serviçais do imperialismo. 
Essas eleições são a forma de obrigar o povo a escolher quem irá gerenciar os poderes do Estado para essas mesmas classes dominantes. Essas são eleições manipuladas para enganar o povo de que ele vive numa democracia e com isso legitimar todo o sistema de exploração e opressão vigente secularmente em nosso país.
Para isso, bombardeiam as massas com toneladas de papel, horas e horas com suas cantilenas de sempre nas rádios, televisão e internet. Tentam estabelecer diferenças em suas promessas, mas com um simples exame pode-se ver que é com as mesmas mentiras que PSDB, PT, PMDB, DEM, PSB, PDT, PPS, etc., etc., defendem o mesmo programa de submissão aos interesses dos grandes grupos econômicos estrangeiros e locais.
Falam sem parar em segurança para todos, educação e saúde de qualidade, transporte eficiente e barato, enfim prometem o melhor dos mundos. Mas a realidade é bem outra: entra ano e sai ano, entra eleição e sai eleição, é a mesma ladainha e nada mais que algumas migalhas para o povo. O que se vê, isto sim, o bate-bôca para acusar qual rouba mais ou para defender quem rouba menos.

Muitas siglas, um só partido

Não há diferença fundamental entre as siglas, na verdade, siglas diferentes de um mesmo partido, o partido das classes dominantes, dos ricos e poderosos. Basta compararmos os últimos gerenciamentos pós-regime militar-fascista: Sarney, Collor, Itamar, FHC, Luiz Inácio e Dilma Rousseff. Um seguiu o outro aprofundando as políticas de arrocho, repressão contra o povo, retirada de direitos, destruição da saúde e educação públicas, servilismo aos ditames do imperialismo, etc. Essa mesma politicagem se dá nas disputas estaduais e municipais, multiplicando-se o número de padrinhos, ‘coronéis’ e compradores de votos.
Agora, nas eleições municipais, é a mesma farsa de sempre, os partidos se unem em função dos interesses dos diferentes grupos de poder a serviço das frações das classes dominantes que disputam maior controle do Estado. Todos esses partidos, sejam governistas ou opositores, estão a serviço da mesma política antipovo e antinação. Na eleição municipal está em disputa quais dos grupos econômicos ou latifúndios dominarão as administrações locais. 
Vejamos a posição das forças políticas nas eleições em Belo Horizonte:

A posição da direita tradicional reciclada PSDB, PSB, 
PDT, PPS e outros

Márcio Lacerda ordenou a represão policial e o
despejo violento das famílias da ocupação
Eliana Silva em maio de 2012
Marcio Lacerda, que como tantos outros demagogos utiliza o fato de ser ex-militante de esquerda e ex-preso político como objeto para campanha eleitoral, é mais um que capitulou e traiu a luta do povo. Após ser solto, em meados dos anos de 1970 tornou-se um empresário milionário e nos anos seguintes iniciou sua trajetória eleitoral, primeiramente comprando apoio. Em 1994 ele doou o equivalente a R$ 1,2 milhão à campanha presidencial de FHC (PSDB). Em 2002 doou outro milhão para a campanha de Ciro Gomes (PSB). Com a eleição de Luiz Inácio (PT), ocupou postos no gerenciamento federal e, em 2007 se transladou para o gerenciamento Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais.  Foi o nome indicado por Aécio Neves e apoiado por Fernando Pimentel (PT) para a prefeitura de Belo Horizonte. 
Eleito prefeito municipal através de inúmeros acordos entre PT e PSDB, manteve o PT em praticamente todas as suas secretarias até três meses antes da farsa eleitoral, quando se divorciam na pugna pelo butim da cidade e nas articulações para as próximas disputas para o governo de estado e para presidente. 
Em sua gerência, como outros, manteve arrochado os salários do funcionalismo, negou-se a negociar com os professores e reprimiu brutalmente moradores sem casa do acampamento Eliana Silva na região  do barreiro. Gerenciou a prefeitura até agora para atender os interesses das máfias que comandam o transporte público, as construtoras e especuladores imobiliários. A despeito de toda publicidade de que fez e aconteceu e das exorbitantes taxas do IPTU, a vida do povo continuou na mesma precariedade dos atendimentos de serviços públicos de limpeza, educação e saúde.

A posição da “esquerda” vendida para a burguesia PT e PCdoB


Patrus ordenou o cerco policial e o despejo da Vila Corumbiara
em março de 1996, mas as famílias resistiram e não arredaram pé
Patrus Ananias ocupou o posto de prefeito em Belo Horizonte entre os anos de 1993 e 1997. Na prefeitura, também como outros, ligou-se estreitamente com a máfia dos transportes públicos, reprimiu manifestações populares como a luta dos estudantes pelo passe livre estudantil, ordenou a repressão policial e o despejo das famílias da Vila Corumbiara, na vila Pinho, em 1996, mas teve que amargar a derrota imposta pelos moradores que nunca arredaram pé.
Integrou a cúpula do gerenciamento Luiz Inácio e esteve à frente de seus programas de demagogia, já ensaiados quando esteve à frente da prefeitura de BH com os chamados “orçamentos participativos”, até a criação de programas assistencialistas do tipo bolsa-esmola.
PT e pecedobê, que estão juntos nessa briga pelo gerenciamento municipal, compuseram desde o princípio a chamada “frente popular” eleitoreira. No gerenciamento do velho Estado se esmeram como serviçais da grande burguesia, do latifúndio e do imperialismo desde que galgaram o posto mais alto do gerenciamento do velho Estado com as eleições para presidentes de Luiz Inácio e Dilma Rousseff. Vide a atuação do pecedobê de Aldo Rebelo, relator do código florestal do latifúndio e atual ministro dos esportes, responsável por milhares de remoções de famílias trabalhadoras nas favelas e bairros limítrofes das obras das olimpíadas e copa do mundo da Fifa.
Essa corriola de Patrus, Pimentel, Marcio Lacerda e Aécio Neves estava juntinha até outro dia, mas se desentenderam na repartição da bolada e racharam. Agora cada um acusa o outro como se nunca tivessem sido amigos do peito. É tudo farinha do mesmo saco! 

A posição da esquerda centrista eleitoreira – PSOL, 
PSTU, PCB, etc.

Otros partidos revisionistas (socialistas e comunistas de palavra, mas reformistas e conciliadores nos fatos) PSOL, PSTU, PCBrasileiro, etc., vendem às massas a ilusão de que, disputando postos no velho Estado, poderiam modificar o seu caráter através de seu governo. Tentam enganar o povo como os outros, apenas com discursos diferentes. Falar de socialismo, de governo dos trabalhadores dentro da atual estrutura de poder, é pura charlatanice, é grosseira vulgarização do socialismo que exige a destruição violenta do velho Estado burguês para se realizar. Além do que, qualquer prefeitura  ou cargo que ocupam, passam imediatamente a justificar suas instituições, a começar pela defesa do parlamento reacionário como representante do povo.
E como atua e participa dessas estruturas, sua tendência principal é a de conformar direções cada vez mais voltada para o objetivo eleitoral. Toda a experiência de outros partidos confirmam isto. Dependentes de votos para expressar força política, atuam em zigue-zague, ora oposição, ora justificando ou defendendo posições da ordem reacionária.
Há ainda outros grupos que, se proclamando de esquerda, mas sem condições de lançar candidatos, apoiam essa ou aquela legenda. Eles justificam sua participação no circo eleitoral alegando “utilizar todas as formas de luta” e “acumular de forças” arrogando-se “revolucionários”, quando o que fazem é o mesmo dos demais, iludir o povo na busca por migalhas, legitimando a velha democracia burguesa participando do seu jogo eleitoreiro. Ora, rechaçar o Estado burguês no discurso e seguir na prática participando dele, seja em que nível for, é oportunismo do mais descarado.

A posição dos verdadeiros revolucionários e comunistas

Os revolucionários consequentes e os verdadeiros comunistas não tomam parte das eleições burguesas, corruptas e manipuladas. Enfocam a questão partindo da posição de classe do proletariado e de sua experiência histórica. Segundo estas, a tática de participar em instituições do Estado burguês como seu parlamento, deixou de ser uma tática revolucionária desde que o capitalismo passou da sua etapa de livre concorrência à etapa dos monopólios, com que a burguesia e suas instituições perderam todo seu caráter progressista e passou a prevalecer como único, seu caráter reacionário como uma tendência  para o fascismo e à reação. Neste sentido, para a luta da classe operária e das massas populares, tornou-se inevitável rechaçar a velha democracia burguesa em toda sua extensão e demarcar claramente o terreno com as classes dominantes e com todo o oportunismo que as servem de dentro do próprio movimento operário e popular.
Desde então, como a experiência histórica em todo o mundo o tem comprovado, as formas de luta da classe operária e das massas populares para transformar a sociedade só tiveram êxito como aplicação da violência revolucionária contra o poder armado, brutal e genocida do Estado burguês e seus regimes de turno. Assim a tática da classe no período das eleições burguesas, não é nem a de concorrer nelas, legitimando-as como democracia, nem simplesmente a de dar as costas aos acontecimentos. É a de aproveitar esse momento propício para denunciar todo o sistema de opressão, desmascarar a mentira da burguesia e seus politiqueiros, demarcando campo de forma clara com todos os partidos e políticos que a representam de forma assumida ou encoberta, chamando as massas a boicotar a farsa eleitoral não comparecendo para votar. Essa é, na etapa do imperialismo, a única tática revolucionária e consequente para a classe operária.
Para mudar a situação de exploração e opressão é preciso fazer a transformação revolucionária da sociedade. E dar passos nesta direção, no caso das eleições, ao contrário de participar delas, o dever dos revolucionários é realizar campanhas para denunciá-las e conclamar o povo a boicotá-las. Ao mesmo tempo, organizar a mais vasta possível propaganda da revolução e difusão do seu programa.

A democracia burguesa é ditadura sobre o povo

Os partidos eleitorais, frações do partido único da grande burguesia, do latifúndio e do imperialismo, chafurdam no pântano do cretinismo parlamentar e movem todos os esforços para demover as massas do caminho da luta revolucionária com a formulação e aplicação de programas assistencialistas, as bolsas esmola, e desatando a mais brutal repressão contra qualquer luta mais combativa.
Não existe democracia para as amplas massas populares em nosso país. A democracia burguesa, defendida por esses partidos eleitoreiros e por todas as instituições do velho Estado é a ditadura da grande burguesia e do latifúndio a serviço do imperialismo sobre a imensa maioria da população: camponeses, operários, professores, estudantes, enfim sobre aqueles que trabalham e produzem em nosso país, como também os pequenos e médios proprietários. As eleições burguesas são um instrumento das classes dominantes para manter esse regime de exploração e opressão e constituem instrumento chave de viabilização e continuidade do caminho burocrático que tem prevalecido no país há séculos.
Na época em que vivemos, do imperialismo, que é o capitalismo monopolista, parasitário e em decomposição e é capitalismo agonizante e, portanto da militarização total de toda a sociedade, as eleições tornaram-se um dos principais componentes da estratégia da burguesia para atacar os movimentos de massas e suas organizações classistas e combativas, mas particularmente o partido revolucionário da classe operária. Exatamente atraindo as “esquerdas” e os “socialistas” para integrarem-se ao velho Estado, participando de suas instituições, como as suas eleições, para legitimá-las como única, legítima e democrática forma de ação política. Com isto isolar os revolucionários e a criminalizar as organizações e caminhos para a verdadeira conquista do Poder pelo povo trabalhador: as táticas revolucionárias e a revolução.

Boicotar as eleições, propagandear a Revolução!

Já faz tempo que grande parte da população brasileira já não vota ou anula o voto. Nas eleições dos últimos 16 anos, principalmente nas presidenciais, mais de um terço do eleitorado não votou, votou em branco ou anulou seu voto. São mais de 34 milhões de brasileiros e brasileiras que rechaçam, por diferentes razões, essa farsa eleitoral. Ou seja, já tornou-se tendência uma terça parte do eleitorado boicotar o processo eleitoral e o faz porque não acreditam mais nessa farsa de democracia, porque não aceitam as imposições do velho Estado.
Particularmente nos últimos dez anos de gerenciamento do PT, à medida que Luiz Inácio e Dilma Rousseff aplicaram as políticas de arrocho, ataque aos direitos previdenciários, ataques aos direitos trabalhistas, a criminalização e brutal repressão desencadeada contra o movimento camponês combativo e às greves de um modo geral, as esperanças que o povo havia depositado neles se tornaram um verdadeiro pesadelo, revelando o seu caráter oportunista e traidor.
Grandes greves operárias, sobretudo nas obras do PAC; greves dos servidores federais; greves de estudantes, professores e funcionários nas universidades públicas; greves dos trabalhadores em educação das redes estaduais em todo o país marcaram os últimos anos. O movimento camponês combativo continua resistindo aos ataques dos pistoleiros do latifúndio e as ações repressivas de despejos do governo que se tornaram a política de “reforma agrária” de Dilma. A luta dos camponeses não pára, seguem as tomadas de terras e mesmo em meio de mil dificuldades, ergue alto a bandeira da Revolução Agrária.

Necessidade da aliança operário-camponesa e da 
Revolução Agrária

Camponeses de Rondônia em manifestação popular por ocasião dos 10 anos da
 batalha na fazenda Santa Elina, agosto de 2005, Corumbiara - RO
Necessitamos do programa revolucionário de transformações radicais da sociedade brasileira para organizar o povo pela destruição da velha ordem e construir o novo poder. O Programa de Transformações Revolucionárias para nosso país é o conjunto de demandas para a união e luta de milhões de brasileiros e brasileiras para mudar a sociedade. Boicotar as eleições é uma ação necessária, pois nega o podre caminho das classes reacionárias. Seguir elevando os níveis de organização e de luta das massas e da vanguarda é tarefa cotidiana.
O caminho do povo é o caminho democrático da revolução de Nova Democracia ininterrupta ao socialismo. Este caminho só pode avançar através de se unificar as lutas de nosso povo por todo o país em torno de um Programa de Transformações Revolucionárias. Unir as lutas de nosso povo do ponto de vista revolucionário proletário é forjar a estratégica aliança operário-camponesa. E esta aliança não pode ser uma simples promessa ou jargão, ela tem de ser concreta em sua construção. Nas condições de nosso país ela só pode se realizar através da luta dos militantes proletários da cidade que se unindo com os camponeses avançam com as lutas para conquistar a terra até elevá-la à forma superior de luta armada. 
A posição do proletariado revolucionário frente aos camponeses e a questão agrária só pode ser a do programa agrário revolucionário que propõe a Revolução Agrária como forma de destruir por completo o latifúndio e entregar a terra aos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra e não através da demagogia da falida “reforma agrária” do velho Estado e dos oportunistas eleitoreiros. Desenvolver e avançar com a Revolução Agrária em todo o país é o passo decisivo para fazer a Revolução de Nova Democracia.

O Novo Poder deve ser construído no curso da 
luta revolucionária

O novo poder popular não será alcançado nem através das eleições podres e corruptas ou de pacíficas manifestações por reformas ilusórias. Ele só será construído através da destruição da velha ordem, parte por parte, onde o povo irá impondo em seu lugar as organizações de novo tipo criadas ao longo da luta revolucionária.
O novo poder deverá ser construído com base nas Assembleias do Poder Popular, organizadas no campo e cidade, desde os locais de trabalho, de estudo e de organização militar, nos níveis local, zonal, regional até ao nacional. As Assembleias do Poder Popular decidirão tudo sobre todas as esferas da vida econômica, social, política e cultural do povo e da nação. Seus representantes serão deputados operários, camponeses, intelectuais e soldados revolucionários eleitos de forma direta, com o mandato revolgável a qualquer momento segundo a definição da maioria dos que os elegeram.
Esse novo poder não poderá surgir da noite para o dia, mas a partir das lutas e tarefas concretas de resistência e de construção do presente e no rumo do Programa de Transformações Revolucionárias.
Entre as principais tarefas dos revolucionários, hoje, está a construção do Partido Revolucionário da classe operária, Partido Revolucionário de Novo Tipo para dirigir a Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.
Mobilizar, politizar e organizar operários, camponeses, professores, profissionais liberais, donas de casa, estudantes, juventude das periferias, desempregados, trabalhadores informais é tarefa permanente! E desmascarar a farsa eleitoral, combater o oportunismo, apontando o caminho da luta é a tarefa urgente. Necessitamos fortalecer o caminho revolucionário, desenvolver as organizações populares classistas e combativas, preparando-as para o combate revolucionário pela destruição do velho Estado reacionário e genocida!

Boicote as eleições!
Abaixo a farsa eleitoral!
Viva a Revolução!

O Programa de Transformações 
Revolucionárias para o Brasil

As tarefas da Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo na formulação do Programa de Transformações Revolucionárias para o Brasil, têm que partir das seguintes e fundamentais medidas:

1 - Estabelecimento da República Popular do Brasil em todo país, como frente de classes revolucionárias, centrada na aliança operário-camponesa, sob hegemonia do proletariado e direção de seu partido revolucionário, na forma de Assembleia do Poder Popular e Conselhos Populares, Novo Poder sustentado nas forças armadas populares e no armamento geral das massas.

2 - Destruição de todo sistema latifundiário e confisco de todas suas terras e propriedades, entregando-as aos camponeses sem terra ou com pouca terra, seguindo o princípio de “terra para quem nela vive e trabalha”, e sua organização crescentemente nas formas de cooperativização, libertando as forças produtivas para desenvolver a produção segundo os mais avançados recursos disponíveis, completando a Revolução Agrária. E todo esforço deverá ser orientado para a produção de alimentos e de matérias primas que deem suporte à sistemática industrialização nacional;

3 - Varrer a dominação imperialista, principalmente ianque e todas as demais potências que oprimem nosso povo e saqueiam a Nação, expulsando suas forças e agentes do país, confiscando todas as transnacionais (ex: empresas e bancos);

4 - Confisco e nacionalização de todo o grande capital privado e estatal, local ou estrangeiro, todas suas propriedades e patrimônios e todo tipo de grande propriedade;

5 - Cancelamento das dívidas públicas externa e interna;

6 - Respeitar e assegurar a propriedade da pequena e 
media burguesias (burguesia nacional), na cidade e no campo;

7 - Cancelamento de todos os acordos internacionais lesivos ao país e o povo e estabelecer uma nova política de relações internacionais, baseada no direito de igualdade e autodeterminação das nações e povos e no internacionalismo proletário;

8 - Promoção de uma nova democracia, nova economia, nova cultura que integre a economia nacional e a desenvolva, reconhecendo as grandes diferenças e problemas regionais; estabilize as condições de vida das amplas massas populares do campo e da cidade com emprego para todos, grandes planos de habitação, investir no transporte de massas através de uma extensa malha ferroviária e metroviária, ademais de preservar a rede rodoviária e explorar hidrovias. Promover saneamento e erradicação de doenças emdêmicas, tudo centrado na elevação cultural das massas, através da mobilização para a erradicação do analfabetismo e educação vinculadas à prática social da luta pela produção, da luta de classes e da experimentação científica, guiadas pela ideologia científica do proletariado, o materialismo dialético-histórico, para destruir a cultura imperialista e concluir a conformação nacional;

9 - Defender e consolidar os direitos e conquistas do proletariado, das massas populares dos povos indígenas, das mulheres e das populações negras, assegurando real igualdade de direitos às mulheres numa Declaração Geral dos Direitos do Povo. 

10 - Respeitar a liberdade de consciência religiosa, em toda a sua amplitude, de crer e não crer;

11 - Defender a plena liberdade de pensamento, expressão, organização e mobilização;

12 - Educação laica, pública, gratuita e científica para todos os níveis, baseada na prática da luta pela produção, da luta de classes e da experimentação científica;

13 - Mobilizar permanentemente as massas populares sob direção do proletariado para concluir a revolução democrática e passar ininterruptamente à revolução socialista, desenvolvendo nela sucessivas revoluções culturais proletárias;

14 - Como parte da revolução mundial apoiar enérgica e decididamente a luta do proletariado internacional, das nações oprimidas e dos povos de todo o mundo, combatendo sem tréguas o imperialismo, o oportunismo e toda a reação mundial.


FRDDP realizará panfletagens e atos contra a farsa eleitoral em BH e Região

A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo, força integrante do Comitê Contra a Farsa Eleitoral, realizará uma série de atividades em Belo Horizonte e região.

No dia 3 de outubro (quarta-feira) ocorrerão panfletagens na Mannesman e Alma Viva, fábricas localizadas na região do Barreiro.

Também no dia 3, haverá panfletagem na PUC do Coração Eucarístico

No dia 4 (quinta-feira) a noite, panfletagem na PUC do Barreiro

No dia 5, sexta, está prevista uma grande agitação pelo boicote à farsa eleitoral no centro de Belo Horizonte

Outras atividades de agitação contra a farsa eleitoral já foram realizadas na Vila Corumbiara (região do Barreiro), Vila Bandeira Vermelha (Betim) e no Morro Alto (Vespasiano).

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nova manifestação em Rolim de Moura - RO


Centenas de estudantes, professores e população em geral concentraram-se ao final do desfile de 7 de setembro de 2012, nas ruas de Rolim de Moura. A manifestação organizada pelo Comando de Greve da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), Centro Acadêmico de História (CAHIS/UNIR), Movimento Estudantil Popular Revolucionário – MEPR, Comando de Luta dos Estudantes Secundaristas e Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE denunciou a farsa das comemorações de 7 setembro e convocou o povo para não votar. “O Brasil continua sendo um país semicolonial. Quem manda na economia brasileira é o imperialismo norte-americano. Até quando vamos presenciar comemorações a essa falsa independência? Chega de enganação!” enfatizava um panfleto do MEPR distribuído antes e durante a manifestação.
Professores da UNIR, em Greve há mais de 100 dias, denunciaram a precarização do trabalho docente na Universidade através do REUNI, o processo de privatização do Ensino Público Superior e a intransigência da Gerência Dilma . “A Universidade Pública brasileira a cada dia está sucateada e enquanto isso o governo isenta de impostos as faculdades particulares. Dentro deste cenário, o Congresso Nacional aprovou no dia 27 de Junho/12 o projeto de lei de conversão chamado de Proies (PLV 13/2012). Este programa visa transformar as dívidas tributárias das universidades privadas em bolsas do PROUNI, medida que beneficiará cerca de 500 faculdades privadas brasileiras”, denunciou um panfleto dos professores da UNIR.
Com gritos de “Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer Revolução” a massa de estudantes denunciou que só uma Revolução de Nova Democracia pode trazer ao povo o verdadeiro significado da independência. “Quando o povo se organiza e luta, aumentando o protesto popular e decidindo a sua própria história viveremos numa verdadeira Democracia. O que temos hoje é uma ‘democratura’, democracia para os ricos e ditadura para os pobres. Por isso denunciamos a falsa democracia”, enfatizou uma estudante do curso de História da UNIR. A Universidade pôde mostrar a população os motivos da greve que já dura mais de 100 dias e pediu apoio à população de Rolim de Moura.
Com dizeres de “Punição para os torturadores de ontem e de hoje”, estudantes denunciaram os crimes cometidos pelos torturadores da Ditadura Civil Militar de 1964 e a prática de tortura contra camponeses e operários em Rondônia. “A prática de tortura continua tão usual nos dias de hoje. Os torturadores de 1964 fizeram escola na PM e Polícia Civil. Recentemente um camponês foi torturado por policiais em Ouro Preto do Oeste e afirmamos com toda a certeza que os torturadores ficarão impunes. Além da tortura, a intimidação e violência contra manifestações populares é uma constante aqui em Rolim de Moura”, denunciou um Estudante da escola Cândido Portinari.
Dezenas de estudantes e professores denunciaram, ainda, a precarização das escolas públicas no município e o autoritarismo da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC). “Aqui tem escolas sem pátio, infraestrutura básica como refeitórios não há, salas sem ventiladores ou ar-condicionado; sem falar na falta de professores e a desvalorização salarial dos trabalhadores em Educação. E ainda querem impedir a livre manifestação de professores e a organização do Movimento Estudantil”, denunciou um professor da Escola Priscila Chagas que tem 25 anos de existência.
Ao protesto somaram-se a denúncia do aumento salarial dos vereadores do Município, que numa manobra acabaram aprovando em valores reais o salário para R$7.000,00. “É um assalto ao povo que ocorre em nosso Município, mas também na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. O povo morre nas filas dos hospitais, padece nas periferias, falta leite nas creches, falta coleta de lixo, o preço da energia é um roubo!” enfatizou um estudante da Escola Tancredo Neves.
Estudantes e professores que denunciavam o descaso com a educação pública foram aplaudidos pelo povo que assistia ao desfile oficial. Após o encerramento do desfile o protesto continuou e populares que apoiavam o movimento buzinavam.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

RJ: Ato contra a farsa eleitoral na Central do Brasil





Por Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral (RJ)

Na última quinta-feira, 6 de setembro, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral do Rio de Janeiro realizou sua primeira atividade: ato e panfletagem na Central do Brasil. Mais de 1.500 panfletos foram distribuídos para os trabalhadores e trabalhadoras que utilizam os trens da Supervia.

Reproduzimos alguns trechos do panfleto: “De tudo que os políticos prometem, eles só atendem ao que interessa para os monopólios das empresas de ônibus, trens e metrô, grandes construtoras, bancos, grandes indústrias, agronegócios, grandes comércios e latifundiários, universidades privadas, etc. Esses aí enchem todos os partidos com milhões em doações de campanha pra assegurar o compromisso do Estado com seus interesses, seus lucros. Quando qualquer um deles passa algum tipo de aperto, os governantes, vereadores, deputados e senadores rapidamente correm pra ajudar, com o dinheiro que o povo paga em impostos. Pra dificuldades de sempre do povo, a resposta do Estado é mais miséria e repressão.

Essa é a democracia burguesa: ditadura para os pobres, exploração, violências e sofrimentos. Democracia mesmo só para os ricos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários, para explorar à vontade e reprimir a ferro e fogo quando o povo se levanta. 


Precisamos seguir lutando cada vez mais e dando as costas pra esses processos eleitorais farsantes, no quais são eleitas as raposas que irão tomar conta do galinheiro.

Mas precisamos ir além e perceber que só com uma Revolução podemos resolver de verdade os problemas do povo. Só com o povo exercendo o poder diretamente, é que ele irá garantir saúde, educação, emprego e salário digno, segurança de verdade e terra pros camponeses que nela trabalham! É por isso que precisamos nos organizar mais. Precisamos nos organizar cada vez mais nos nossos locais de trabalho, universidades e escolas, além dos nossos locais de moradia! Nesses locais precisamos desenvolver comissões, associações e movimentos que sirvam pra organizar a luta do povo sem depender das classes dominantes e de toda penca de políticos e oportunistas. Dia a dia precisamos ir construindo o Poder Popular, desenvolvendo, defendendo e aplicando um Programa Revolucionário que reflita as necessidades históricas do povo brasileiro.

É hora de dar o NÃO à enganação e o SIM à luta direta por uma transformação profunda e de fato do país e do mundo. 

Se você concorda com esse manifesto, participe do Comitê de Boicote a Farsa Eleitoral. O Comitê realiza reuniões, debates e diversas ações denunciando a farsa eleitoral e convocando o povo para se organizar e lutar.”

A próxima atividade do Comitê é dia 13 de setembro, quinta-feira, às 16h, na Praça XV. Contato: comiteboicoteeleicoesrj@yahoo.com.br

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Criado o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral no RJ

Por Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral (RJ)

Organizações e ativistas de movimentos populares realizaram no último sábado, 1° de setembro, a primeira reunião do Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral no Rio de Janeiro.

Estiveram presentes na atividade representantes da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), da União Popular Anarquista (UNIPA), do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e do jornal A Nova Democracia, que disponibilizou a sua sede, em São Cristóvão, para a realização da reunião. Representantes da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST) e do Movimento Feminino Popular (MFP) também marcaram presença. A Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) não pôde estar presente, mas enviou sua saudação se dispondo a participar das próximas atividades.

Durante a reunião foi feito um debate e um representante de cada organização fez sua intervenção explicando sua posição em torno das eleições, a importância de se levantar um grande movimento de boicote à farsa eleitoral e a necessidade de se propagandear para as massas a luta popular e revolucionária. Após as falas, a palavra foi aberta para quem quisesse intervir colocando sua opinião. A palavra de ordem definida foi o “NÃO VOTE! VIVA A REVOLUÇÃO!”.
No planejamento, um calendário de atividades foi tirado. A proposta do Comitê é realizar panfletagens, comícios, ampla convocação para as próximas reuniões e demais formas de propaganda, como cartazes, etc. 
O contato é comite.contra.farsa.eleitoral@gmail.com

Próximas atividades:
Ato e panfletagem na Central do Brasil. Dia 6/9, quinta-feira, às 16h.
Ato e panfletagem na Praça XV. Dia 13/9, quinta-feira, às 16h.
Próxima reunião. Dia 15/9, sábado, na UERJ.

domingo, 2 de setembro de 2012

Boicote as eleições ganha as ruas

Matéria publicada no jornal A Nova Democracia nº 95, 1ª quinzena de setembro de 2012.

Mário Lúcio de Paula 

Manifestação de estudantes em Rolim de Moura, Rondônia

Nas últimas semanas, novos comitês e organizações de denúncia da farsa eleitoral têm surgido em todo o país: em Rondônia, Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo.
Belo Horizonte - MG: agitação em praça convoca a não votar

O Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Belo Horizonte e Região realizou, no dia 23 de agosto, a sua primeira panfletagem. O local escolhido para a agitação do Comitê foi a Praça da Estação, localizada na região central da capital mineira.

Ativistas do Comitê convocaram a população através de um carro de som a boicotar as eleições. Os oradores dirigiram-se à população denunciando a farsa eleitoral e conclamando o povo a se organizar e lutar.

Populares se aproximaram do carro de som e manifestaram seu apoio à posição defendida pelo Comitê. Fizeram também suas denúncias e se animaram com a propaganda do caminho da organização popular e da revolução para o povo conquistar uma nova democracia.

O Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Belo Horizonte e Região criou um blog para divulgar seus materiais e atividades na internet: boicoteaseleicoes.blogspot.com.

POR UM PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÕES REVOLUCIONÁRIAS
Trecho do boletim do Comitê Contra a Farsa Eleitoral de BH e Região
De 2 em 2 anos a burguesia encena um teatro: candidatos aparecem sorridentes e cheios de atenção para com o povo, prometem o céu, fazem de tudo para obter votos. Depois de eleitos só agem em favor dos grandes grupos econômico-financeiros, dando as costas para os pobres. Se o povo só consegue alguma coisa com luta para conquistar melhores dias é preciso acabar com esse sistema de dominação que suga o nosso trabalho e as riquezas do país em prol de uma minoria de parasitas locais e estrangeiros.

Os partidos eleitorais que digladiam entre si por abocanhar o Estado não são mais que facções do Partido Único das classes dominantes exploradoras. A maior prova disto foi a chegada do PT no governo: tudo que antes apregoavam jogaram no lixo vestindo a casaca dos exploradores. É tudo farinha do mesmo saco! Aqueles que se dizem de "esquerda", mas que participam desse farsante e corrupto processo eleitoral ajudam a manter esse sistema de exploração e violências sobre o povo.

Essa é a velha democracia: ditadura para os pobres, exploração, violências e sofrimentos. Democracia mesmo só para os ricos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários, para explorar à vontade e reprimir a ferro e fogo quando o povo se levanta.

Propagandeiam que eleição é democracia e que o voto é a maior arma do povo e o principal direito seu, no entanto o voto é obrigatório. Em verdade, votar é avalizar e legitimar toda essa podridão. Para acabar com esse sistema de exploração há que começar por boicotar essa farsa. Ao contrário de votar, vamos nos Organizar e Lutar! Nos Organizar nos locais de trabalho, de moradia, escolas e universidades, na cidade e no campo, lutando por mais direitos, melhores salários, melhores condições de trabalho, por melhorias nos serviços públicos de saúde e educação, por moradias, obras de saneamento, previdência social pública, transporte decente barato!

Vamos repudiar e derrotar as direções pelegas que ocupam postos nos sindicatos e organizações de defesa da população e só fazem o jogo dos patrões e do governo. Vamos criar e desenvolver organizações classistas e combativas. Mais que isto, lutar por um verdadeiro Programa de Transformações Revolucionárias e pela construção desde o seio das massas operárias e camponesas do Partido Revolucionário de Novo Tipo para as revoluções de Nova Democracia e Socialista.

Goiânia - GO: a farsa das eleições em debate
Em 27 de agosto, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, o Comitê Contra a Farsa Eleitoral de Goiânia promoveu o debate: A farsa das eleições.

O debate contou com a participação do professor Fausto Arruda, membro do conselho editorial de A Nova Democracia, estudantes, professores e ativistas do movimento popular.

O professor Fausto fez uma exposição sobre o sistema parlamentar eleitoral, diferenciando a democracia burguesa e a democracia popular, denunciou a farsa eleitoral como instrumento das classes dominantes.

No informe sobre essa atividade, enviado à redação de AND, o Comitê Contra a Farsa Eleitoral destaca: "A partir do momento em que se opta por participar do processo eleitoral, está se referendando a manutenção do sistema capitalista, dostatus quo. Nesse aspecto, temos dois caminhos: manter a ordem, eleição; ou transformar a ordem: revolução. Se nos enveredamos no caminho das eleições estamos optando por manter a ordem, já que, historicamente, com Jango no Brasil e Allende no Chile, foi comprovado que não é possível sequer fazer reformas radicais dentro desse sistema, que dirá transformá-lo radicalmente.

Se optarmos por transformar a ordem, isso demandará a construção de partido revolucionário que não participe de eleições burguesas".
Rolim de Moura – RO: estudantes denunciam aumento de vereadores
Centenas de Estudantes da rede pública de Rolim de Moura lotaram a Câmara Municipal no dia 21 de agosto para protestar contra o aumento abusivo do salário de vereadores que, se aprovado, passará a ser de R$ 8.000,00.

Palavras de ordem foram entoadas denunciando os vereadores e convocando a população a não votar nas próximas eleições municipais. Após os vereadores se retirarem pelos fundos, a manifestação se estendeu pelas ruas. O protesto contou com a presença de entidades estudantis e professores da UNIR, funcionários da rede pública estadual e municipal. O que se viu no centro da cidade foram gritos de"Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer revolução", "Vereador, tome cuidado, tem estudante revoltado" e "Cresce, cresce por todo o Brasil, o novo Movimento Popular Estudantil".

Comerciantes aplaudiram a iniciativa dos estudantes. Uma campanha de finanças pede que populares se comprometam a ajudar o movimento, já que os estudantes só tinham um megafone na manifestação e necessitam de faixas e carro de som. Na rua, de forma organizada, os estudantes criaram um cordão de isolamento de ciclistas para auxiliar o trânsito e evitar acidentes. "Não precisamos de policiais aqui, afinal a polícia só aparece pra reprimir. Sabemos nos organizar sozinhos", enfatizou um jovem que estava de bicicleta.

O movimento que iniciou no dia 20 de agosto na escola Cândido Portinari se estendeu para outras escolas e categorias.

O massivo protesto, vanguardeado pelos combativos estudantes secundaristas, animou amplos setores da população, que têm respondido com entusiasmo à convocação para novos protestos.

A farsa das eleições

Publicado em comiteantifarsa.blogspot.com no dia 4 de agosto

Muitos cidadãos brasileiros, trabalhadores que, com muito esforço, suor e dedicação constroem a riqueza desta nação, há muito tempo estão decepcionados com a condução que vem sendo dada aos rumos da nossa política.

O cidadão participa do processo eleitoral, cumpre com seu "dever", acredita que o sistema eleitoral tem a capacidade conduzir seus legítimos representantes aos seus devidos cargos e o faz com toda boa fé.

Mas as decepções vêm se sucedendo ano após ano. Este mesmo cidadão trabalhador não se vê representado por aqueles a quem ele deu seu voto.

Por isto mesmo e por muitos outros motivos vem crescendo no Brasil vários movimentos propondo o boicote às eleições e/ou o voto nulo.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"Se gritar pega ladrão não fica um"

A população de Rolim de Moura - RO tomou as ruas em protesto contra a tentativa de os vereadores aprovarem um aumento que elevará seus salários a R$ 8 mil reais. Já ocorreram quatro grandes manifestações na cidade. As manifestações, vanguardeadas pelo movimento estudantil, denunciam a farsa eleitoral e conclamam a população a não votar.

 

Músicas para boicotar as eleições e lutar

Manifestações populares contra a farsa eleitoral

Matéria publicada no Jornal A Nova Democracia, edição 94, 2ª quinzena de agosto de 2012.

BH: Comitê Contra a Farsa Eleitoral Já prepara ações

O Comitê Contra a Farsa eleitoral de Belo Horizonte já prepara suas primeiras ações. Não votar, votar nulo, boicotar as eleições. Esse chamado tem repercutido na cidade de várias formas: através de convocações boca-a-boca, e-mails, reuniões em canteiros de obras da construção, assembleias.

Uma potente ferramenta para a convocação e mobilização do Comitê tem sido o programa Tribuna do Trabalhador, transmitido pela Rádio Favela (Autêntica FM), sintonia 106,7 FM, que também pode ser ouvido ao vivo na internet todos os sábados, das 8 às 10 horas da manhã.

Integrantes do Comitê anunciam as reuniões e convocam os ouvintes para participarem das reuniões e atividades, esclarecem e debatem como será realizado o boicote ativo à farsa eleitoral.

A participação dos ouvintes é grande e os debates concorridos. A aceitação da proposta de denúncia e boicote ativo às eleições tem sido grande e quando algum ouvinte liga e defende algum tipo de participação no parlamento, o debate esquenta.

E o mais importante, esses ouvintes não têm se limitado a participar apenas dos debates durante o programa, mas tem comparecido às reuniões do Comitê e se mobilizado para participar das panfletagens, debates e das diversas ações propostas nas reuniões.


Vote comigo, vote nulo
Escrito por Públio Athayde*, publicado em 12 de agosto de 2012 no observadorpolitico.org.br 

Cartaz do Comitê pró-voto nulo da Baixada Santista

Não adiantaria mudar pessoas: o sistema vigente não presta. Qualquer santo se corromperia ali. Eu teria gosto em fazer política, mas não me arrisco a me misturar com porcos, pois sei que acabaria comendo farelo. Ninguém é bom, puro ou honesto e forte o suficiente para não ser corrompido pela estrutura eleitoral, política, partidária, legislativa, judiciária e administrativa do Brasil: o tal sistema que chamam de democracia.

A mudança do sistema será lenta: décadas - se for feita. Mas penso que o primeiro passo seja começarmos a negar a validade do que estamos praticando. Negar a validade é, inclusive, não participar do processo. Não participar é votar nulo, branco ou abster-se de escolher algum bandido conhecido ou algum conhecido que vai se transformar em bandido.

Pense nisso ao ir às urnas, não se engane escolhendo nominhos e achando que isso vai fazer alguma diferença. Na prática, o voto da minoria serve só para referendar a opressão da patuleia pelos premiados pela loteria eleitoral. Isso é o que chamam de democracia, os cordeirinhos sufragando lobos, podem uns votar nos malhados, outros nos pardos e até nos verdes! Mas são todos lobos. Eu sou a ovelha negra, que vai fazer diferente e não vai mais votar em lobo nenhum, em vagabundo nenhum que quer é jantar a gente.

Após a publicação desse texto, alguns leitores comentaram, outros rebateram. Esse foi o último comentário feito pelo autor, ainda no dia 12 de agosto:

As pessoas estão convencidas que escolhendo melhor podem corrigir o sistema, mas apenas podem mudar uns erros por outros, umas pessoas erradas por outras que errarão. As pessoas estão persistindo no erro, persistindo no engodo de achar que eleições mudam alguma coisa. Só mudam a lista de réus, quanto mais espertos forem eles, menos puníveis.

Outros dizem que quem não vota não pode reclamar depois. Não vou reclamar "depois" - estou reclamando AGORA - pois sei o resultado. Nenhuma das opções nas urnas, em nenhuma cidade, vai mudar o resultado: repetição dos nomes que farão as mesmas coisas, ou nomes novos que farão as mesmas coisas. O defeito não está nas pessoas (apenas) o defeito é o SISTEMA.

Não existem escolhas quando o sistema não presta. Qualquer pessoa não presta, se esse sistema é corrupto. Não vou mais ficar votando nesse ou naquele, não vou tentar trocar ratos gordos por ratos magros. Vou reclamar sim, vou reclamar de bandidos, vou reclamar de incompetentes. O meu direito de não votar não outorga a ninguém direito nenhum de roubar, ou praticar nenhum crime. Não vou participar disso, não vou, não vou, não vou. Não vou endossar essa pornochanchada. Estou de fora. Não existe escolha entre bandidos, meio-bandidos, canalhas, meio-canalhas. Não vou escolher menos pior. Não vou mais fazer escolhas por cor do bigode, por mentira mais bonitinha, por biografia mais santa.

Só não há mudança na permanência. Se você não consegue ver alternativas, procure mais, olhe mais adiante, pense diferente – rasgue alguns conceitos antigos supostamente válidos, mas que comprovadamente são ilusórios. Esse é o primeiro passo necessário. Eu não tenho nenhuma receita pronta para sanar os males que se apresentam, mas estou disposto a muita coisa.

______________
* Professor, formado em Ciência Política pela UFMG, dedicado à atividade literária e artes visuais.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Os jovens já não votam!"

Declaração do escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de "As veias abertas da América Latina" sobre o boicote, particularmente da juventude, às eleições.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Boletim do Comitê Contra a Farsa Eleitoral nº 1 - Agosto de 2012

Boicotar a farsa eleitoral

Não Vote 
ou 
Vote Nulo!

É hora de dizer não a essa farsa eleitoral, onde quem manda é o poder do grande capital, do dinheiro. Os monopólios das empresas de ônibus, grandes construtoras, bancos, grandes indústrias, agronegócios, grandes comércios e latifundiários, universidades privadas, etc, gastam rios de dinheiro nas eleições para assegurar seus interesses no Estado. Por isto mesmo essas eleições nada decidem em favor do povo; são o mecanismo usado pelas classes dominantes para enganar e manter inalterado este podre sistema de exploração e opressão. 

Desmascarar a farsa 

De 2 em 2 anos a burguesia encena um teatro: candidatos aparecem sorridentes e cheios de atenção para com o povo, prometem o céu, fazem de tudo para obter votos. Depois de eleitos só agem em favor dos grandes grupos econômico-financeiros, dando as costas para os pobres. Se o povo só consegue alguma coisa com luta para conquistar melhores dias é preciso acabar com esse sistema de dominação que suga o nosso trabalho e as riquezas do país em prol de uma minoria de parasitas locais e estrangeiros. 

Os partidos eleitorais que digladiam entre si por abocanhar o Estado não são mais que facções do Partido Único das classes dominantes exploradoras. A maior prova disto foi a chegada do PT no governo: tudo que antes apregoavam jogaram no lixo vestindo a casaca dos exploradores. É tudo farinha do mesmo saco! Aqueles que se dizem de “esquerda”, mas que participam desse farsante e corrupto processo eleitoral ajudam a manter esse sistema de exploração e violências sobre o povo. 

Essa é a velha democracia: ditadura para os pobres, exploração, violências e sofrimentos. Democracia mesmo só para os ricos imperialistas, grandes burgueses e latifundiários, para explorar à vontade e reprimir a ferro e fogo quando o povo se levanta. 

Propagandeiam que eleição é democracia e que o voto é a maior arma do povo e o principal direito seu, no entanto o voto é obrigatório. Em verdade votar é avalizar e legitimar toda essa podridão. Para acabar com esse sistema de exploração há de começar por boicotar essa farsa. Ao contrário de votar, vamos nos Organizar e Lutar! Nos Organizar nos locais de trabalho, de moradia, escolas e universidades, na cidade e no campo, lutando por mais direitos, melhores salários, melhores condições de trabalho, por melhorias nos serviços públicos de saúde e educação, por moradias, obras de saneamento, previdência social pública, transporte decente barato! 

Lutar por um Programa de Transformações Revolucionárias 

Vamos repudiar e derrotar as direções pelegas que ocupam postos nos sindicatos e organizações de defesa da população e só fazem o jogo dos patrões e do governo. Vamos criar e desenvolver organizações classistas e combativas. Mais que isto lutar por um verdadeiro Programa de Transformações Revolucionárias e pela construção desde o seio das massas operárias e camponesas do Partido Revolucionário de Novo Tipo para as revoluções de Nova Democracia e Socialista. 

Apesar de toda repressão e perseguições a resistência popular cresce por todo o país e todos os dias. O povo não se cansa de lutar e apesar de ser ainda dispersas as revoltas explodem por todos os lados nas favelas e bairros populares e nas mais longínquas regiões do interior do país. A Luta Operária não cessa, os operários da construção, particularmente nas obras do PAC de Jirau (RO), Belo Monte (PA), Suape (PE), etc, nas obras da copa, explodem em massivas revoltas. Mais de 500 mil servidores públicos estão em greve contra o arrocho e os ataques do governo aos seus já parcos direitos. 

A Luta Camponesa não se intimida frente aos massacres e assassinatos perpetrados pelas forças policiais e bandos de pistoleiros, todos a serviço do latifúndio. As tomadas de terra seguem ocorrendo em todo país e a aliança operário-camponesa mais do que nunca é decisiva para unir as lutas na cidade e campo, para destruir o latifúndio entregando a terra para quem nela vive e trabalha e os direitos reclamados pelo povo, na construção de uma Nova Sociedade Sem Exploração e Opressão. 

É hora de dar o NÃO à enganação e o SIM à luta direta por uma transformação profunda e de fato do país e do mundo. Eleição Não, Revolução Sim

Se você concorda com esse manifesto, participe do Comitê Contra a Farsa Eleitoral. O Comitê realiza reuniões, debates e diversas ações denunciando a farsa eleitoral e convocando o povo para se organizar e lutar. 

• Convide o Comitê Contra a Farsa eleitoral para realizar um debate em seu bairro, em seu local de trabalho, na sua escola ou universidade. 

• Pinte o muro de sua casa denunciando a farsa eleitoral e chamando a não votar. 

• Participe das panfletagens e atividades do Comitê. 

• Proteste! Não Vote ou Vote Nulo! 

• Para anular o voto deve digitar um número inexistente (00) e confirme. 

Eleição Não! Revolução Sim! 

Comitê Contra a Farsa Eleitoral 
Contato: boicoteaseleicoes.blogspot.com / boicoteafarsaeleitoral@gmail.com 

Boletim do Comitê Contra a Farsa Eleitoral nº1 - Agosto de 2012

sábado, 18 de agosto de 2012

Entrevista com o artista plástico Gil Vicente

"Fui compreendendo que não adianta nada a gente votar, que essa partcipação é somente cênica (...) é só encenação essa coisa de votar". 

 O artista plástico Gil Vicente fala de sua obra "Inmigos" e esclarece porque decidiu não participar mais da farsa eleitoral